segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DO ROMPIMENTO DO HÍMEN À CRIAÇÃO DO HOMEM



Do Rompimento do Hímen
À Criação do Homem
                                                                         Moduan Matus

Eta vida besta em que os bebês desdentados chupam
Peitos, orientados, indo por líquido abaixo.
Bastam os dentes, de leite pro deleite acabar.
E vem chupeta, chuca, chocalho,
Careta, papinha, carrinho, bicicleta e o caralho.
Mas nenhuma teta.
Vêm piruetas, depois, punhetas.
Aí, já descobrimos que são duas, as tetas
E que não era só isso, era a buceta.
E mergulhamos o novo
Até o ovo, como se quiséssemos
Achar de novo o nosso lugar.

Roda de Conversa

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Minha Poesia



Minha Poesia
                                   Sil

Minha poesia sou eu
Quando disfarço que sou ela

E mesmo quando usando o português errado
Acerto a ``língua´´
Ao Beijar a boca dela

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Utilisissimas coisas inúteis



AOS DEZ FORMADO EM CHINELO E PÊS ENCARDIDOS DE TERRA
AOS ONZE MESTRADO EM ESPIAR O MUNDO DE CIMA DO BARRANCO
AOS DOZE DOUTORADO NAS CARAMBOLAS  DO TERRENO AO LADO
AOS TREZE PHD EM MASCAR CANA CAIANA
LICENCIADO EM PIQUE-PEGA E PULO NO RIO
PASTO ESTUDANTIL  DE PALAVROES E CORAÇOES DA RAÇA HUMANA

sábado, 1 de setembro de 2012

GAIVOTAS PRÓXIMAS AO ANCORADOURO



Olhou os próprios pés
Enquanto atravessava a rua
Na calçada do outro lado
Pensou até onde seus olhos poderiam alcançar
E quantas luas teria para olhar
Encostou no prédio abandonado
E esticou as mãos
Um tempo depois sentiu a moeda
Fria
Jogadas por olhos que nada via
Que tudo via
Que seguia sua própria via
Rumo à estação das barcas
Para atravessar a baía

Arnoldo Pimentel

Esse poema faz parte da Trilogia da Pescaria, são poemas inspirados no olhar durante uma pescaria que é retratada no conto “Pescaria”, se o amigo (a) tiver um tempinho leia os outros textos e dê sua opinião, ela é muito importante, abaixo os links