Autor: Arnoldo Pimentel (Alguns trechos, como a marreta Juliana (Hans, Ísis Jade e Abel) e gemido em sustenido (Paradar) são inspirados em Sergio-SalleS-oigerS).
Comprei 1kg de arroz
E seis cervejas em garrafa
E mais seis em lata
Meu domingo não será tudo de bom
Tenho o arroz, um pouco de feijão, meia dúzia de ovos
Um pedaço de lingüiça
E mais nada
Será bom sim, esqueci
Tenho minhas cervejas em garrafas
E em latas
Geladas
Não preciso de mais nada para viver
Além de beber
E tudo esquecer
Rasguei meus livros e seus ensinamentos
Eram um tormento
Para mim só tem um ensinamento
Beber até morrer
Mesmo sem querer
Meu clamor no deserto foi um livro aberto
Sempre te procurei,
Mas por minha culpa
Nunca te encontrei
Que se dane a chuva que está por vir
Nem tenho guarda chuva
Então tudo bem
Não tenho mesmo pra onde ir
Vou passar uma noite de amor
Com a marreta Juliana
Meu amigo me emprestou e já avisou
Com ela não tem nenhum drama
Ela, a marreta Juliana
Vai arrebentar minha cabeça
E num último gemido
Em sustenido
Vou dizer:
“Adeus meu amor
Minha vida foi feita de dor”
Que horror
Rimei amor com dor
Seja como for
Estou daqui partindo
Não sentirei mais dor
A dor é uma forma de nos lembrar que estamos vivos. Ela é que nos impulsiona para além da cama, para o outro lado da rua.
ResponderExcluirVejo que tem lido "Os Covardes Também Cantam Canções de Amor".
Abraços...