terça-feira, 21 de dezembro de 2010

AMOR E DOR EM PERGAMINHO EGIPÍCIO OU DO PLANETA VENUS QUE DEVERÁ SER ESQUECIDO SE FOR LIDO

Autor: Arnoldo Pimentel (Alguns trechos, como a marreta Juliana (Hans, Ísis Jade e Abel) e gemido em sustenido (Paradar) são inspirados em Sergio-SalleS-oigerS).

Comprei 1kg de arroz
E seis cervejas em garrafa
E mais seis em lata

Meu domingo não será tudo de bom
Tenho o arroz, um pouco de feijão, meia dúzia de ovos
Um pedaço de lingüiça
E mais nada

Será bom sim, esqueci
Tenho minhas cervejas em garrafas
E em latas
Geladas

Não preciso de mais nada para viver
Além de beber
E tudo esquecer

Rasguei meus livros e seus ensinamentos
Eram um tormento
Para mim só tem um ensinamento
Beber até morrer
Mesmo sem querer

Meu clamor no deserto foi um livro aberto
Sempre te procurei,
Mas por minha culpa
Nunca te encontrei

Que se dane a chuva que está por vir
Nem tenho guarda chuva
Então tudo bem
Não tenho mesmo pra onde ir

Vou passar uma noite de amor
Com a marreta Juliana
Meu amigo me emprestou e já avisou
Com ela não tem nenhum drama

Ela, a marreta Juliana
Vai arrebentar minha cabeça
E num último gemido
Em sustenido
Vou dizer:
“Adeus meu amor
Minha vida foi feita de dor”
Que horror
Rimei amor com dor
Seja como for
Estou daqui partindo
Não sentirei mais dor

Um comentário:

  1. A dor é uma forma de nos lembrar que estamos vivos. Ela é que nos impulsiona para além da cama, para o outro lado da rua.


    Vejo que tem lido "Os Covardes Também Cantam Canções de Amor".


    Abraços...

    ResponderExcluir