segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Gambiarra Profana com Arnoldo Pimentel no Sesc de Nova Iguaçu/RJ




Vazio
                           Arnoldo Pimentel

Vazio sem vida
Tesouro esquecido
Entre vidros moídos

Tesouro vazio
Esquecido entre vidros
Da vida moída

Tesouro da vida
Esquecido moído
No vidro vazio


Sob as lentes de Lenne Butterfly e Rodrigo Souza e com o auxílio de Dida Nascimento, Sergio-SalleS-oigerS e Rafael Garcia. Arnoldo Pimentel nos mostra o seu Vazio no Sesc de Nova Iguaçu/RJ durante uma sessão do Cine Digital. 
Vinheta de abertura: Vazio de Arnoldo Pimentel e Sergio-SalleS-oigerS com a execução de Paulinho e Sergio-SalleS-oigerS.
Edição: Sergio-SalleS-oigerS.



sábado, 21 de julho de 2012



O Grupo Pó de Poesia convida a todos, amigos e afins a participar da comemoração do 4º Aniversário do Grupo que acontecerá no Centro Cultural Donana no próximo sábado, dia 28\07\2012 as 19 horas.

P.S. Nesta fotos só estão alguns integrantes do Pó de Poesia.
O passado não registrou
em minha alma
referências certeiras
elas se perderam
no espelho empoeirado
da sala de estar.

          Jorge Medeiros

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Malditas Belezas




Malditas  Belezas
                                                       Sergio-SalleS-oigerS

São gordos de fome, d’água bichada; de roça lunar.
São porcos urrando cagantes melando em neve árida.

Malditas belezas talvez sobremesa de carcará
que depois de devorar os sonhos
tem o corpo a estropiar....

Pra quem a sede e a fome é a mais pesada cruz
uns são filhos de Deus
outros são filhos do pus.

Derradeira falange segue nessa volante atrás da xepa e do caviar.
Bebe o grito da filha, come a mesma agonia
de quem não tem o que vomitar.

Malditas belezas teu rosário de vespas já debandou teu patuá
para além da porteira caída dos sonhos
pra depois estropiar.

Pra quem a sede e a fome é a mais pesada cruz
uns são filhos de Deus
outros são filhos do pus.

A nova casa é a esquina, toda sacola é latrina,
qualquer migalha anima
já põe o bucho pra trabalhar.

Mas nem de fé e dinheiro
vive o povo catingueiro
de auto-flagelo, bulimia;
perseverança. Teimosia
faz a carcaça balançar.

Malditas belezas
tem comida na mesa
e água para bochechar
traz de volta na córnea, na íris os sonhos
de alguém a estropiar...

Pra quem a sede e a fome é a mais pesada cruz
uns são filhos de Deus
outros são filhos do pus.

domingo, 8 de julho de 2012

VÁCUO DENTRO DO CÓRREGO


Olhando de longe parece
Não existir fronteiras
Toda a paisagem é maquiada com flores
É de perto que se vê
O vácuo dentro do córrego
Os versículos do mesmo capítulo
Que não se juntam
O amargo dos sorrisos
As rugas que se multiplicam
Os fuzis que atiram em silêncio
Os muros que se levantam
Os vivos que se tornam mortos

Este poema é parte integrante do conto de minha autoria “Se as Folhas Ainda Fossem Verdes...”, para ler o conto basta acessar o link abaixo, desde já agradeço, muito obrigado pela visita e pela amizade.