Os quartos são pequenos
Não têm espaço pra quase nada.
O olhar que estava na janela
Nunca mais apareceu e nunca foi embora.
Com binóculos dava pra ver o Cristo
E ler Suas Palavras,
Mas não dava para ver o futuro
Porque o ônibus não parava na esquina
E do outro lado do rio os prédios são cinza,
As pessoas são vultos,
E as flores são artificiais.
Tem um farol que se esconde atrás das nuvens
Sempre que alguém chega à beira da praia
E olha o lago.
Arnoldo Pimentel
É incrível o quanto a surrealidade e real.
ResponderExcluirBravissimo!
ResponderExcluirLinda poesia.
Bjins
entre sonhos e delírios
Catiaho Alcantara/Reflexo d'Alma