quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Mãe D'Água
As gotas caem no azul
Tão indecentes como um beijo na boca
Molho o meu corpo
Como se a água fosse saliva
E brotasse dos orifícios da minha pele.
O velho rabo de peixe mexe e remexe
A espuma de água-doce.
Mas a benção desse refrigério
Está na humildade em que eu
Bebo do leite de seus seios
Que foram feitos para amamentar crustáceos.
Água; verdadeiro corpo da terra.
Marcio Rufino
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Que demais!
ResponderExcluirUm poema diferente, uma visão linda descrita aqui.
Parabéns Márcio.
Puro incesto. Tão próximo a Édipo. Ora tesão, ora devoção.
ResponderExcluirGostoso estar aqui...
ResponderExcluirNossa, q lindo! Gostei daki e vou seguindo!!!
ResponderExcluir^_^`