como as de um cão que vai à feira
com sacos plásticos pendurados nas orelhas.
Mesmo sem ouvidos posso ouvi-los
esmurrarem com elegância e belos
o alfaiate contra a parede do ferro-velho.
Mesmo sem os dentes da frente
permito-me sorrir incendiário
a cada bordoada que ouço em meu imaginário.
Mesmo sendo eu.
O alfaiate, o cão e o banguela.
Não sou novela.
(Sergio-SalleS-oigerS)
Uma poesia completa e singela.
ResponderExcluirÉs muito é de verdade!
ResponderExcluirAinda que sob personagens o dia transcorra igual
és alma e viajas, num barquinho de papel
nessa gota d'agua mansa, nesse mundo irreal!!!
^_^•
Grande Sergio,
ResponderExcluirSempre com sua irreverência e olhar corrosivo sobre o mundo. Abrçs!!!
Adoro sua poesia reta e real. Parabéns, adorei; beijos!
ResponderExcluirÉ uma honra pra mim fazer parte do Gambiarra Profana e poder colaborar no blog onde desfilam talentosos poetas, cada um com uma identificação poética toda própria.
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