sábado, 7 de maio de 2011

FILHO CAÍDO

Filho que um dia embalou
Amamentou
Filho que sempre amou

Aquele ali caído um dia foi seu filho
Filho que sempre desejou vê-la morrer
Filho que um dia deixou de ser
Quando escolheu a violência como religião
Como ganha pão

Filho caído com 8 buracos no peito
Para ele
Ela era apenas a puta que o pariu
O filho que partiu

Agora ela sentiu alívio
E agradeceu a Deus
Pelo o que aconteceu
Com o filho que seu sacrifício nunca reconheceu

Que se estremeceu
Até morrer na calçada
Até não ser mais nada
Filho que só trouxe dor
E a violência levou


5 comentários:

  1. Um poema real, mas triste demais...nao dor maior para uma mae que perder seu filho para vida desta forma...

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  2. Arnoldo..
    Não posso dizer que gostei da sua poesia.
    Não gosto desta parte da vida. Que sei que é a realidade. Muito menos fecho olhos pra ela.
    A poesia tem a missão de tocar o nosso coração. Objetivo atingido.
    Nem sempre toca pelo amor né?as vezes toca pela dor.
    me tocou pela dor.
    Um lindo domingo a vc, meu amigo poeta!!

    Aproveito para agradecer a sua visita a meu blog., sempre tão gentil.

    Um beijo!

    Ma Ferreira

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  3. É uma triste relidade, que hoje vemos estampada nas primeiras páginas dos jornais.
    Um abraço, obrigado pela visita.

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